Thursday, August 31, 2006

A preguiça, o medo e o Tempo - as amarras de uma geração

Minha geração tem preguiça
Esse verdadeiro mal do século
Responsável pela apatia
Extasiada pela rotina,
Pelo cansaço
É mais fácil assistir a tudo
De camarote ou na arquibancada
Levantar, questionar, replicar, treplicar, trepidar
Tudo isso consome energia
E Tempo
Todos hoje, além de terem preguiça, temem o Tempo
Por quê?
Se ele vai passar mesmo
Se isso é incorrigível?
Não sei por que as pessoas tremem
Diante do que está a sua frente
Alguns mandam
Todos obedecem
Ninguém ousa questionar
Quem questiona é infame
Pois, além de atrapalhar quem manda gasta algo que não voltará
Tempo
Tempo
Horas, minutos, os segundos se passam
Será que acham que estou perdendo Tempo dizendo isso?
Tentando mostrar que o Tempo de nada vale para os passivos?
O bom-humor, a ironia e o sarcasmo
Guardo pro dia-a-dia
Quando se tem o enfrentamento
Quando me confronto com o Tempo
Me divirto com ele
Não o temo
Ele não pára para eu sofrer a sua passagem
Ele apenas segue
Rindo de quem pára para entendê-lo
De quem diz e nada fala
De quem escuta e nada ouve
De quem não senti o cheiro das coisas
Aromáticas ou podres
Já não importa
Porque na verdade quem vai embora somos nós
Não o tempo
Ele é estático
Um espectador
Da palhaçada que fazemos de nossas vidas
Dos caminhos que tomamos
Ele se diverte
E não ri, gargalha!
De quem está por aqui agora
Buscando a resposta do segredo
Mesmo que aqui estivesse
Não estaria explícito
Estaria nesse 1,5
Espaço de infinito Tempo

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

bem nessa.

expectador total.

pena que ele não exista, de verdade.

a história da flecha, aquela.

8:08 PM  

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