Dias de Outubro
A primavera resplandece. Uma onda de cores, cheiros e amores paira no ar. A rosa nasce.
As flores, em geral, retornam às nossas vistas. Este ano não pude passar despercebido. O inverno confidenciou à primavera que eu já estava quase pronto para o melhor da festa. Agora que ela chegou, enche-me de felicidade e apronta os últimos detalhes. Já me devolveu o choro que completa o riso. O amor que completa o ódio. Outra vida que completa minha vida. Agora só espero o verão chegar para no meu devido lugar me colocar.
Estes dias de outubro primaveris tem sido produtivos. Fui elevado a postos que me honram. Tenho ouvido de inúmeras pessoas a minha importância em suas vidas. Como não poderia deixar de ser tenho adorado essas declarações públicas. Reais ou orkutianas. Indiferente. Chegam a mim fulminantes comos os tiros que seguirão atingindo peitos fiéis e infiés. Sem discussão. O povo assim o quis. Mascaramos mais uma vez a efusiva pseudodemocracia do terceiro mundo. Para falar a verdade (apesar do Não), que se explodam as armas. Isso também já não importa. Tenho amado. Erico, Drummond, Rafa, Mãe, Cátia, Denise, Paulinha. Acho que até meu pai. Ele mostrou ser humano. No mesmo dia, quase na mesma hora, por diferentes motivos, choramos. E isso foi interessante. Aliviante. Para ambos.
Agora à babação. A boa e velha pagação de pau. Não poderia, de jeito maneira, esquecer de
dedicar algumas palavras ao meu caro e ilustre amigo editor desse magnífico veículo que é a porta da nossa literatura e nossa vergonha para o mundo. Se compartilhamos cada vez menos a companhia um do outro nestes dias de outubro, ao menos nossas namoradas são felizes. Forte abraço, Leo.
Rodolfo Mohr
As flores, em geral, retornam às nossas vistas. Este ano não pude passar despercebido. O inverno confidenciou à primavera que eu já estava quase pronto para o melhor da festa. Agora que ela chegou, enche-me de felicidade e apronta os últimos detalhes. Já me devolveu o choro que completa o riso. O amor que completa o ódio. Outra vida que completa minha vida. Agora só espero o verão chegar para no meu devido lugar me colocar.
Estes dias de outubro primaveris tem sido produtivos. Fui elevado a postos que me honram. Tenho ouvido de inúmeras pessoas a minha importância em suas vidas. Como não poderia deixar de ser tenho adorado essas declarações públicas. Reais ou orkutianas. Indiferente. Chegam a mim fulminantes comos os tiros que seguirão atingindo peitos fiéis e infiés. Sem discussão. O povo assim o quis. Mascaramos mais uma vez a efusiva pseudodemocracia do terceiro mundo. Para falar a verdade (apesar do Não), que se explodam as armas. Isso também já não importa. Tenho amado. Erico, Drummond, Rafa, Mãe, Cátia, Denise, Paulinha. Acho que até meu pai. Ele mostrou ser humano. No mesmo dia, quase na mesma hora, por diferentes motivos, choramos. E isso foi interessante. Aliviante. Para ambos.
Agora à babação. A boa e velha pagação de pau. Não poderia, de jeito maneira, esquecer de
dedicar algumas palavras ao meu caro e ilustre amigo editor desse magnífico veículo que é a porta da nossa literatura e nossa vergonha para o mundo. Se compartilhamos cada vez menos a companhia um do outro nestes dias de outubro, ao menos nossas namoradas são felizes. Forte abraço, Leo.
Rodolfo Mohr