Thursday, August 18, 2005

Copa do Mundo.

Esqueçam a crise de Brasília. A retirada dos colonos judeus. Vem aí mais uma Copa do Mundo.
Na eliminatória da CONCACAF nenhuma surpresa. México e Estados Unidos praticamente classificados restando apenas uma vaga a ser disputas por quatro seleções inexpressivas para o mundial. Aliás, as seleções da CONCACAF são inexpressivas para o mundial também.
A Ásia já definiu seus concorrentes para a disputa do mundial: Japão e Arábia Saudita. O Japão é um time de muita garrae determinação com Zico no comando. Na copa dos campeões mostraram uma evolução tático e tecnica impressionantes com destaque para dois meio-campistas: Nakamura e Nakata. É um time que pode incomodar, mas nada além disso.
No grupo 1 das eliminatórias européias há uma disputa interessantíssima entra Holanda e Republica Checa. Depois de ter ficado fora da última copa, os holandeses reformularam o plantel (destaques para Robben e Van Bommel) e dedicaram-se a finco para essas eliminatórias. No grupo 2, a Ucrânia lidera com uma certa folga deixando a disputa da vaga na repescagem entre Turquia, Grécia e Dinamarca. Essa última que goleou o English Team em amistoso disputado. A Furia que está sofrendo para se classificar no grupo 7. Com três vitórias e quatro empates, o selecionado espanhol pode perder a liderança do grupo na próxima rodada para Servia e Montenegro. Apesar de contar com grandes jogadores, como Raul, Vicente, Casilas, e com o campeonato nacional mais badalado do momento, a seleção esponhola não demonstra a mesma exuberancia tecnica e tática do seu certame nacional.
Embate interessante entre o English Team e a Polonia. A Polonia lidera o grupo com um jogo a mais que os ingleses.
Das américas surge duas potências do futebol internacional: Argentina e Brasil. A Argentina conta com um grande selecionado de jogadores, um time e um técnico equilibrado. Tem o Messi, que dizem que joga pacas e realmente joga. Acabou com o Brasil do incansável Sobis e do balaqueiro do Tardelli. Fora o jovem, tem ainda Riquelme, que joga em qualquer seleção do mundo e é um meia cancha inteligentíssimo com visão e leitura de jogo fora da média, dono de passes, chutes e cobrança de faltas preciosas. Heinze, jogador do ano no Manchester (um zagueiro-lateral ser eleito o melhor jogador da temporada mostra que o time não teve uma temporada tão brilhante assim). O Brasil e o tal do quarteto mágico. Parreira não mostra muito boa vontade com Robinho, o ciclista. Eu também não. Por mim joga o Gordo e o Adriano na frente. Fora essa disputa na frente, a outra parte do quarteto não deve ser mexida. Kaka e Ronaldinho se completam na meia brasileira. Ronaldinho com seu futebol envolvente e imprevisível. Um craque. Kaka e seu futebol taticamente disciplinado. Com arrancadas em extrema velocidade e força, ele tem tudo para ser o termometro do time. O Brasil ganhou uma copa com o triangulo mágico (Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo) e com o Mágico (Romário), agora com o quarteto o hexa não parece uma tarefa tão difícil assim.
Não esquecendo de um candidato dessa copa que vem fortíssimo: a Alemanha. Possui um campeonato nacional que ainda mantém as principais estrelas nacionais: Kurany, Podolski, Klose, Ballack, só para citar alguns. É um páis que gosta muito de futebol, sentimento que veio depois da segunda grande guerra e com a conquista da copa do mundo sobre a hungria de Puskas. Buscam seu tetra.
Enfim, o tabuleiro foi posto e os jogadores estão se colocando. Essa copa do mundo promete. Schevchenko finalmente jogará uma copa do mundo. A Holanda volta reformulada. O Brasil apresentará ao mundo o tal do quarteto mágico, que será contestado na primeira derrota (ainda nas eliminatórias).
Isso se o mundo não se explodir até lá.
Leonardo Vigolo Monllor.

Thursday, August 11, 2005

Tardes de Agosto.

Esse mês promete. Ess fim de ano promete. Promete bagunça, revelações e justiça. A temperatura oscila muito. Ora muito frio, ora um calor insuportável. Prefiro o frio, aguentar o calor no verão tudo bem, mas no inverno é de doer.
Tenho passado essas tardes acompanhando o desenrolar da crise política brasileira. O maior esquema de corrupção da história brasileira? Ou a maior briga entre os detentores do poder e a elite do país? Eu não tenho essas respostas, mas tenho as perguntas. Tenho um militante fervoroso do Partido dos Trabalhadores em casa, meu padrasto. Ele tem o sintoma mais evidente de uma pessoa traída, a vingança. Ele quer o sangue do PT, sente-se traído, sendo julgado por quem sempre mandou e desmandou nesse país. Fica a impressão de que todos esses anos de militância foram jogados na latrina. Fica cada vez mais difícil acreditar que o Lula não tem nada a ver com isso. Falaram em uma monarquia parlamentarista. O Lula daria uma boa rainha inglesa. Não tá nem aí para a crise política. Viaja pelo Brasil, faz discursos. Dá festas na Granja do Torto. Rola uma grana frouxa em Brasília e ele não sabe de nada. Lula para rainha.
Mas o mês passa. Não chove muito. O sol, em temperaturas mais frias, é um programa agradável. Dia 15 recomeçam minhas aulas.
Mas essas tardes de agosto tem sido muito agradáveis. Estou lendo um bom livro, iniciei esse blog feio, lixei o fogão da minha vó. Estou totalmente alienado com essa crise que atinge o país, apesar de acompanha-la. Um paradoxo e tanto.
Quero que Brasília se exploda.
Que o agrobussines se exploda.
Que o latifúndio vá à merda.
Um país majoritariamente agrícola aonde pessoas morrem de fome diariamente.
Aonde estão as classes conscientes de seu papel como sujeito histórico?
Será que vamos assistir a mais um assalto?
Até quando vamos precisar de governos?
Perguntas, perguntas, perguntas...
Mas as tardes de agosto continuam a passar. A história passa. A conjuntura passa.
Só essa oscilação de temperatura que não passa. Até fiquei gripado.

Saturday, August 06, 2005

Dificuldades.

O mundo caindo a minha volta e eu escrevendo a meu respeito. Individualismo talvez.
Não consigo me expressar. É díficil demonstrar afeto, a não ser para responder a uma demonstração feita a mim.
Acho que o unico testemunho do orkut que eu fiz por conta própria foi para o Rodolfo, e ainda por cima foi uma cópia mal feita do Bukowski. Briguei com a minha vó tempos atrás. Pra pedir desculpas foi difícil, e nem foi do jeito que ela merecia. Deveria ter sido olhando nos olhos dela. Ela é praticamente a minha mãe, foi quem me criou e escolheu meu nome. Me conhece como poucos. E eu não consigo lhe pedir desculpas.
O que acontece comigo?
Sei lá, me sinto perdido, às vezes penso que não me conheço.
Repulsivo...
Defensivo...
(Essa cerveja tá uma delícia)

Droga, eu adoro meus amigos, os caras são foda. Cada um ao seu jeito. Há uma particularidade em cada um deles.
Não vou aqui citar um por um, vá que eu esqueça de alguém.
Eu os amo. E não consigo demonstrar isso.
Ser sincero com assuntos que talvez os machuque eu consigo. Mas pra dizer quanto eles são importantes para mim, nem passa pela minha cabeça.
Em casa também é assim. Principalmente com o Cauê, meu irmão. Ele é inteligente, engraçado, parceiro prum trago como poucos, tem bom gosto musical. Eu amo ele. E acho que nunca disse isso a ele.
Enfim, isso foi um começo, um desabafo. Viver é difícil, são muitas tranformações e amadurecimentos. Nascer e morrer do mesmo jeito é privilégio para poucos idiotas. Metamorfose Ambulante faz tanto sentido.
Desculpa meus amigos, família. Eu amo vocês. Só não encontrei um jeito de dizer isso.