Título - mania das pessoas de nomear tudo!

Hoje é dia 30 de dezembro de 2005. Porto Alegre ferve às 18:44min.
Pensei em escrever aqui, dar uma satisfação aos leitores (ainda tenho crises de megalomania).
Esse ultimo semestre foi decepcinante. Estou decepcionado comigo: o modo que eu (des)valorizo a vida, minha escrita e alguns valores. Nunca dei valor ao trabalho, mas parece que esse monstro vem me assombrando a cada dia que passa. São pressoes de gente que nem paga minhas contas. Isso deve ser o ócio, enquanto estava estressado com a faculdade não pensava nessas coisas. Férias e leituras: Dan Brown (ou dan marrom) foi lido em quatro dias. Muito pedante. Começei a ler José Saramago, o ensaio sobre a cegueira. To achando com cara de "contente-se com sua situação, tem gente muito pior que você". Mas não desistirei dele, quero ver ate onde vai isso.
Mas como eu disse, Porto Alegre ferve. Muito quente. Tenho praticado caminhadas por volta das 19horas com a Lili. Ela tem sido muito importante nessa minha tragédia pessoal. Eu estaria bem pior sem ela. Tenho feito uns apoios (não pense em muita coisa, não).
O calor não me deixa escrever, passei aqui só pra me lamentar um pouco.
Abraços.


Leonardo Vigolo Monllor

Algo

Saiu de casa
Como todo dia saía
Andou pela rua
Como sempre, vazia
Cansado do nada
Ele e sua vida
Não mesquinha, vazia
Triste, desiludida
Ou como definiram outrora, perdida

Sempre assim não foi
Isso que mais atrapalha
Tinha opção, saídas
Preferiu as pessoas vagas, vazias

De vazio em vazio
Não preencheu nada
Não conquistou nada
Não criou nada
Apenas abarrotou seu baú
De angústia e nada

Não deveria ter sido assim
Nesse momento descobriu que o tempo não volta

Achou que podia desatravessar a rua da sua vida
Sem sucesso
Se pudesse voltar, não voltaria
Cairia
Pois, de vazio
Ocupou seus dias.



Rodolfo Mohr