Thursday, June 15, 2006

O que se passou...

- O tempo passou, e eu continuo o mesmo.

Fiquei pensando se ele não pensava.

- É verdade, o tempo passou e eu continuo exatamento o mesmo, sem tirar nem por.

Ele insistia nisso (no momento em que começa tocar uma música muito triste, e é nessas horas é que eu acredito que deus é, provavelmente, um autor de novela mexicana). O pior de tudo que a música era de uma banda muito boa. Boa mesmo, daquelas que misturam tudo o que sabe tocar em uma música, mas que, por problemas de força maior, foi obrigada a vender seu talento. eu já não prestava mais atenção naquele assuto. Estava ali, ouvindo aqueles acordes manjados, mas muito bons, no violão.

- Porra, cara. Tu me convida pra tomar uma ceva, jogar conversa fora, e fica aí, olhando pro nada... Só continuo aqui porque é você vai pagar a ceva!!!!

Ele realmente tinha bons motivos para permanecer... Mas ele poderia ficar pra sempre ali, ele era imutável mesmo. Eu não ocupo minha cabeça com muita coisa. Por vezes trabalho, por vezes não. Mas trabalho não é algo muito interessante em se pensar. Fico pensando... pensando em mudar o mundo (algo muito heróico), ou em sexo, cerveja... então lembro de alguma música... ou em um talento (que coisa determinista) que gostaria de ter, ser um super dotado... então a minha mente vai fazendo relações, quase todas absurdas... por vezes penso em alguma coisa, mas nunca tenho oportunidade de escrevê-las. Penso muito no amor... (esse cara não pára de falar...)

Penso que estou louco (isso não é meu, é um plágio obviamente)

Procuro me individualizar, me achar especial por algum motivo... algo meu, mas isso não acontece...

Procuro morrer de tristeza, ao saber que a liberdade, que enchemos a boca para dizer que temos, não passa de um placebo...

Penso que...

Penso que..

Penso que.

Penso que

Penso qu

Penso q

Penso

Pens

Pen

Pe

P








Enfim, penso, e, definitivamente, me sinto cada vez mais perdido...













Leonardo Vigolo

Breve cometário...

Fui alertado sobre algo, e esse alerta me deixou com um tremendo desconforto: o tratamento às seleções africanas. Chamadas ora de ingenuas, ora de infantis.
Não entrando na esfera de discussão sobre futebol, mas sobre racismo mesmo. Inferiorizar e desprezar sempre foram meios de legitimar comportamentos como a escravidão ("eles não tinham alma").
Concordo com a conotação de racista para esse tipo de comentário já que seleções como Japão, Austrália e Coréia do Sul, que também estão desenvolvendo seu futebol, mas em nenhum momento são chamadas de infantis, ingenuas, e outras coisas. Faça as suas relações.

Marfineses fazendo sua festa.




Leonardo Vigolo Monllor

Tuesday, June 06, 2006

Shiloh Nouvel


Nasceu o nenê mais lindo do universo.

É uma menina.

Só falta ser feia.

















Rodolfo Mohr