- Relendo algumas postagens, olhando algumas fotos, parei para pensar sobre o que é esse blog. Qual a sua finalidade, quais são os seus assuntos e que linha de pensamento a gente tem. Reli tudo de novo, repensei, e cheguei a conclusão que nós somos livres. Cada um pensa de um jeito, escreve sobre suas perspectivas, mas sem a rigidez stalinista. Ficamos aqui falando grandiosas bobagens, desapertando nossos corações, enfim, desabafando para sei lá quem. Não temos as maiores virtuoses literárias, mas gostamos de literatura, informação, sexo, mulheres e futebol. Ficamos aqui, reduzindo as nossas complexidades a meros textos, ora vazios, ora cheios de significado.
- Não tenho muito tempo para acompanhar o horário eleitoral gratuito, o que é um grande perda. Porque dele dá pra se tirar muitas percepções sobre democracia e política, como fazer ambas. A democracia, como todos sabemos, mas não custa frizar, nasceu na Grécia, em Atenas, como uma determinação de um homem, Sólon. A princípio ela tinha seu caráter participativo ligado a questões econômicas: podia mais, quem colhia mais. Depois que ela se flexibilizou e sua participação foi igualizada (desculpem o neologismo) para todos cidadãos: categoria que sabemos, excluia grande parte da população. A democracia é assim excludente por formação. Voltando ao horário político: um candidato disse que "tinha a obrigação de varrer o congresso..." isso obviamente remete a Jânio Quadros e sua vassourinha. A idéia de renovação, que tanto é batida nas nossas cabeças hoje em dia, não é nova, é um cadáver que a cada eleição é maquiado e jogado nas telas. Ela tem cheiro podre, por que todos sabemos que nada se renova. Eleição é um placebo, e votar no candidato certo é a mesma coisa que tomar açúcar para curar dor de cabeça.
- Fora a política, que a cada dia me irrita mais, não tenho feito nada de mais. Nem pensado nada de mais. Podem me chamar de chato e evasivo. Aceito até que me chamem de estranho, mas eu não pretendo parecer feliz aos seus moldes!
Glorioso seja Enkidu,
Leonardo
